Page 15 - as margens dos mares
P. 15
foto / photo Jill Frank Cortesia de Sullivan Galleries/School of the Art Institute of Chicago
Angela Ferreira Moçambique Crown Hall/Dragon House
escultura, 2009
Fascinada por uma vertente de arquitetura modernista praticada na África, a artista desenvolveu
uma forma própria de ler e interpretar edifícios. Sua poética foi alimentada por pesquisa sobre
as linguagens arquitetônicas e a relação de construções com seu contexto. Crown Hall/
Dragon House põe em jogo – e em pé de igualdade – duas abordagens bastante diversas
dos preceitos modernistas: a dos arquitetos Mies van der Rohe e Pancho Guedes, que teve
grande atuação em Moçambique. A escultura vale-se da transparência e leveza suspensa
da obra de Mies, invertendo-a com um objetivo: criar uma plataforma de visualização da
fachada heterodoxa de Pancho.
Angela Ferreira Mozambique Crown Hall/Dragon House
sculpture, 2009
Fascinated by a trend of modernist architecture practice in Africa, the artist developed
her own unique way of reading and interpreting buildings. Her poetics was informed
by research into architectural languages and the relation of the constructions with their
context. Crown Hall/Dragon House puts into play—on equal footing—two very different
approaches of modernist precepts: that of architects Mies van der Rohe and Pancho
Guedes, who was very active in Mozambique. The sculpture resorts to the transparence
and suspended lightness in Der Rohe’s work, inverting it with an aim: to create a platform
for visualizing Guedes’ heterodox façade.
15